sexta-feira, 28 de novembro de 2014

210: Una casa en Thornwood - Anna Romer

 
Titulo: Una casa en Thornwood
Titulo original: Thornwood house
Autor/a: Anna Romer
Editora: SUMA
Páginas: 561
Género: Contemporâneo
Site autor/a: http://annaromer.com.au/
Desafio 2014 : new author 

Sinopse original: When you’re all that stands between the murderous past and the fate of those you love, how far would you go to save them?
When Audrey Kepler inherits an abandoned homestead in rural Queensland, she jumps at the chance to escape her loveless existence in the city and make a fresh start. In a dusty back room of the old house, she discovers the crumbling photo of a handsome World War Two medic – Samuel Riordan, the homestead’s former occupant – and soon finds herself becoming obsessed with him.
But as Audrey digs deeper into Samuel’s story, she discovers he was accused of bashing to death a young woman on his return from the war in 1946. When she learns about other unexplained deaths in recent years – one of them a young woman with injuries echoing those of the first victim – she begins to suspect that the killer is still very much alive.
And now Audrey, thanks to her need to uncover the past, has provided him with good reason to want to kill again.
An enthralling, haunting tale of obsession, love and courage
Opinião: Adorei este livro, que seria ainda mais perfeito se o romance tivesse sido um pouco mais desenvolvido, se tivessem existido mais cenas entre os protagonistas. Neste livro são contadas duas historias, distanciadas pelo tempo, e cujo elo de ligação vai ser uma casa. Audrey é uma mulher que no fundo nunca recuperou do abandono do pai e da mãe, mesmo tendo recebido amor da tia, uma mulher fascinante, boémia, mas que cuja vida nómada acabou por marcar Audrey e acentuar a necessidade de raízes. Quando esta morre sente-se perdida, e para mim é esse facto que vai fazer com que se ligue a Tony, um jovem pintor. Audrey ama-o e com ele cria uma família, um mundo que acredita seguro até que Tony a abandona para casar com outra. Com o tempo, e apesar de não o esquecer, aceita viver com o passado até que Tony começa a afastar-se da filha algo que não entende. Tony era alguém que vivia no seu mundo, e do qual ela não conhecia nada, como vai descobrir quando recebe a noticia do seu suicídio. Algo estranho e que lhe custa acreditar. Mas há mais, Tony exigiu em testamento que a casa aonde vivia com a filha e era dele fosse vendida, , e lhe deixasse uma casa na pequena vila aonde foi encontrado morto. Decidida a vender, vai visitar a propriedade. A casa causa um estranho fascínio nela, e a sua historia torna-se quase uma obsessão. Thornwood era a casa da família de Tony, uma casa marcada por um crime que aconteceu no final da segunda guerra mundial. Audrey começa a “ver” o avô de Tony, Samuel, a ter estranhas sensações. Apesar de ter sido libertado todos acusava Samuel de ter morto Aylish, uma jovem mestiça de quem teve uma filha. Mas este não é o único mistério, Tony tinha uma irmã, Glenda que morreu na adolescência e todos acreditavam na culpa de Tony. Um diário de Glenda encontrado pela filha de Audrey , uma carta de Aylish vão fazer com que Audrey se questione e quem não acha piada é o assassino disposto a continuar em liberdade. A parte romance, Audrey vai fazer amizades e conhecer um antigo amigo de Tony, o Dany este é veterinário, viúvo e surdo, o que inicialmente vai levar a uma confusão hilariante. Entre Dany e Audrey o interesse é mutuo, mas ambos sofreram e tem medo de confiar de novo sobretudo ela. E depois existe a linguagem, ela vai fazer um esforço por aprender a linguagem, mesmo utilizando um bloco. Gostei da química entre os dois. Interessantes também as personagens secundarias: o vizinho algo estranho, uma sogra que desconhecia e que vive afastado de todos fechada em casa com medo de algo ou de alguém, uma nova amiga, algo bruta, mas companheira, algo que a Audrey precisava . A outra historia deste livro é uma historia de uma amor impossível e com final dramático, salvou-se o epilogo que achei lindo, perfeito. Esta intriga diz respeito a Samuel um jovem de boas família que se apaixona por uma jovem mestiça. Antes de partir para a guerra ficam noivos, prometem escrever-se, continuar a amar-se. Mas a guerra é tudo menos um amar de rosas, para os que partem lutar e para os que ficam. Samuel bem diferente. Aylish ficou gravida, sozinha, o pai de origem alemã foi levado para um centro de retenção. Para não perder a filha vai viver com uma família, que aos poucos a tenta controlar e apoderar da filha. O reencontro entre Samuel e Aylish não é o reencontro esperado. Nenhum recebeu as cartas do outro, e alguém tem interesse a que ele fiquem separados. A escrita é simples, o ritmo é mais acentuado na parte final, que é carregada de surpresas
Nota: 5/5

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