110: Le gardien de phare - Camilla Läckberg

Titulo: Le gardien de phare

Titulo original: Fyrvaktarem

Autor/a: Camilla Läckberg

Editora: Actes Sud

Paginas: 462

Género: Policial

Site autor/a: http://www.camillalackberg.com/

Sinopse: Par une nuit d’été, une femme se jette dans sa voiture. Les mains qu’elle pose sur le volant sont couvertes de sang. Avec son petit garçon sur le siège arrière, Annie s’enfuit vers le seul endroit où elle se sent en sécurité : la maison de vacances familiale, l’ancienne résidence du gardien de phare, sur l’île de Gråskär, dans l’archipel de Fjällbacka. Quelques jours plus tard, un homme est assassiné dans son appartement à Fjällbacka.
Mats Sverin venait de regagner sa ville natale, après avoir travaillé plusieurs années à Göteborg dans une association d’aide aux femmes maltraitées. Il était apprécié de tous, et pourtant, quand la police de Tanumshede commence à fouiller dans son passé, elle se heurte à un mur de secrets. Bientôt, il s’avère qu’avant de mourir Mats est allé rendre une visite nocturne à Annie, son amour de jeunesse, sur l’île de Gråskär – appelée par les gens du cru “l’île aux Esprits”, car les morts, dit-on, ne la quittent jamais et parlent aux vivants…
Erica, quant à elle, est plus que jamais sur tous les fronts. Tout en s’occupant de ses bébés jumeaux, elle enquête sur la mort de Mats, qu’elle connaissait depuis le lycée, comme Annie. Elle s’efforce aussi de soutenir sa soeur Anna, victime, à la fin de La Sirène, d’un terrible accident de voiture aux conséquences dramatiques… Avec Le Gardien de phare, Camilla Läckberg poursuit la série policière la plus attachante du moment.

Opinião: 7° livro da série : « Erica Falck et Patrik Hedström ». Este é para mim o melhor livro da série até ao momento. Este é um livro sobre mulheres, apesar de também termos um pouco do lado masculino. Gostei da forma como a autora criou uma intriga tendo por base algo bastante simples : relações entre mães e filhos, e tudo o que isso implica, as alegrias, duvidas, medos, tristeza, luto, esperanças. O outro tema é violência doméstica.  Achei que a autora voltou ao estilo inicial, mais intimista e isso agradou-me. A estrutura é similar, uma intriga no presente intercalado com uma historia do passado. A parte policial é previsível quase desde o inicio, mas existia uma pequena intriga paralela que não estava a perceber como se encaixava, e aí a autora surpreendeu-me. O livro começa com 2 factos marcantes : uma mulher que entre num carro com o filho para fugir de algo e se refugia numa ilha, e um enterro. Teria gostado que certa personagem tivesse ficado em paz, depois de tanta desgraça ainda teve que aguentar com uma das coisas, que imagino , seja das mais difíceis do mundo. A intriga no presente gira em volta da morte do conselheiro financeiro da câmara municipal, um homem, quase invisível, ninguém sabe quase nada da sua vida privada, apenas que é boa pessoa, e da inauguração de um SPA. A intriga no passado, e é bastante forte em termos de sentimentos, apesar da violência que existe achei magnifico o texto, é sobre uma jovem apaixonada que acreditava estar a viver um sonho quando o filho dos patrões a pede em casamento. Mas desde que chegam à ilha aonde vão viver, este muda o comportamento, e encontra a solidão, e o desprezo, até ao momento em que aceita os espíritos que lá habitam. Esta ilha apenas possui 2 habitações, a casa e o farol, e é mais conhecida como a ilha dos Espíritos, as pessoas dizem que quem morre lá não volta a sair. A autora conseguiu na perfeição o toque paranormal, e gótico. É nesta ilha que a mulher que inicialmente foge procura refugio, é a dona e foi lá que cresceu. Seguimos a recuperação do Patrick, os novos elementos da família, e como a Erika reage desta vez. Acompanhamos também a vida dos restantes personagens. Este é um livro para ir indo descobrindo. Acrescento apenas que o Mellberg, continua no seu melhor, com momentos cómicos, mas também com uma grande asneira, e desta vez ele próprio tem consciência que o erro é grave e fica perdido. Gosto mais da capa portuguesa, a jovem da capa parece anorética.

Nota: 4,5/5