sexta-feira, 7 de junho de 2013

Livro n.° 92


Titulo: El reino de Azahar
Titulo original: In land der orangenblüten
Autor/a: Linda Belago
Editora: Planeta de Libros
Paginas: 767
Género: Landscape
Site autor/a: -------------
Sinopse: Róterdam, 1850: la pequeña Julie Vanderberg pierde a sus padres en un trágico accidente y su tío se convierte en su tutor legal, pero lo hace con el único propósito de quedarse con la sustanciosa herencia. Cuando Julie cumple los dieciocho años, este, asediado por las deudas, concierta un matrimonio con un colega de negocios, Karl Leevken, al que pretende pagar con la dote de su sobrina. Así, Julie se encuentra atada a un hombre al que casi no conoce, pero que le resulta encantador y carismático. Solo unos días después de la apresurada boda, ella le sigue rumbo a la colonia holandesa de Surinam, en Sudamérica, donde Karl regenta una próspera plantación de caña de azúcar y donde descubrirá su verdadero carácter. Una vez en Surinam, Julie tiene que adaptarse a la vida en la plantación, aunque no le resulta nada sencillo. Se siente mucho más próxima a los esclavos que a su despiadado marido, su malcriada y estirada hija y el prometido de esta, Pieter, un arribista espurio y sin escrúpulos. En Jean, el contable de Karl, Julie encuentra un amigo y confidente, e inician una relación que será el desencadenante que liberará las tensiones latentes entre todos los miembros de la familia; asimismo, provocará una sucesión de dramáticos hechos que culminarán con la abolición de la esclavitud en Surinam.
Opinião:
Adorei este livro apesar do romance ser um pouco sem sal. Este acaba por ser um livro sobre mulheres. Apesar de existir uma protagonista a Julie, está não pode ser considerada a mais importante. Para mim existem 3 protoganistas : a Erika, a Kiri e a Julie que serviu de elo de ligação. Estas 3 mulheres são completamente diferentes, pertencem a classes diferentes, tem experiências diferentes, e sonhos, com excepção de um : a liberdade. É através das suas vozes que acompanhamos o período que antecede o fim da escravatura no Suriname, um pais da América do Sul e antiga colónia holandesa. Achei interessante como a autora descreveu sobre o tema, sobre a forma como as pessoas pensavam do assunto e como viviam. A escrita da autora é simples, por vezes um pouco crua, apesar de algumas descrições, o ritmo é constante, o que torna a leitura fluída. Existe alguma violência relacionada com os escravos, mas também como resultado da forma como a mulher era vista. O que eu não gostei : uma atitude da Julie no final do livro, até percebo a necessidade de finalmente ser um pouco egoísta, mas de repente se ter tornado um pouco « cega » em relação às consequências não. Este é um livro para se ir descobrindo aos poucos, vou tentar não fazer spoilers. As protagonistas :
Julie : aos 10 ficou órfã, o tutor um tio, envia-a para um internato, pertence à classe alta. Quase sem contacto com a família, torna-se carente de emoções, o que a leva mais tarde a cair na armadilha do tio. Este arranjou uma forma de ficar com parte da sua herança casando-a com um rico proprietário de uma colónia a quem deve dinheiro. Karl é carismático, misterioso, carinhoso, o que leva Julie a aceitar a proposta. Mas a chegada ao Suriname provoca grandes alterações no marido. E a vida na plantação não é o que imagina. Na casa vive a enteada que desconhecia e que a odeia, o noivo desta, um médico sádico, que apenas esta interessado em tomar posse da fazenda, que a ameaça. E depois existe um segredo relacionado com a morte da 1° esposa de Karl, de quem ninguém fala, e um quarto a que ninguém tem acesso ou se pode falar. Julie vai tentar ajudar os escravos situação que ela não concorda, mas sempre que o faz existem consequências. Vai apaixonar-se pelo contabilista da fazenda, um amor que não pode viver.
Erika : a mais velha, pertence à classe média. Foi criada numa irmandade, que envia os seus membros pelo mundo como missionários. Conhece Julie na viagem. Erika preferia ter ficado na Alemanha, mas este era o sonho do marido. No Suriname consegue criar uma vida ajudando os escravos a curar-se, e quando finalmente se sente adaptada, o marido sem esperar que o filho nasce parte. Sem saber se esta morto ou vivo, ela não desiste de o procurar. Esta procura vai ter consequências, e descobre que tudo tem um preço. Esta foi a personagem que eu mais gostei, complexa, mais humana que as outras, teria adorado menos sofrimento. Esta viagem acaba por ser uma forma da personagem questionar a sua fé, a forma de amar.
Kiri : a mais jovem, é uma escrava. Mulata, foi encontrada quando era bebé, não sabe nada dos pais, foi criada por outra escrava. Quando a fazenda é atacada por escravos fugidos, escapa, mas termina nas mãos de um vendedor de escravos. Por pura coincidência, o marido da Julie compra-a para ser a escrava pessoal dela. Entre as duas nasce uma amizade, sendo que Kiri vai fazer de tudo para a ajudar. Vai se apaixonar por um escravo « cimarron » (selvagem) que encontra numa cerimonia promovida pelo xamã. Achei fofa esta personagem e a forma como se comportava inicialmente com o Dany.
As personagens masculinas tem a sua importância na intriga : o Karl (esta personagem surpreendeu-me, e até consigo entender algumas atitudes), o Pieter ( o genro da Julie, este é o grande vilão, adora fazer experiências médicas com os escravos), o Jean ( o contabilista achei tão fraca esta personagem....), o Dany ( escravo cimarron vive na floresta numa comunidade, não esperava que as suas origens fossem aquelas), o Aiku ( escravo pessoal do Karl, foi-lhe cortada a lingua por um motivo que só no final é explicado, eu desconfiava, mas não tinha certeza), o Reinhard( esposo da Erika, sonhador, ama a esposa, mas a sua fé e espalhar a mesma é mais importante). Adorei a capa.

Nota: 9,5/10




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